Escravidão – Texto coletivo

“Nós aprendemos muitas coisas sobre a escravidão. Eles eram trazidos da África em navios negreiros, muitos morriam na viagem, a comida era uma mistura de água, farinha e carne seca.
No trabalho eles eram maltratados e castigados, se não obedecessem aos patrões. O castigo era levar chicotadas, eram cortados alguns de seus órgãos, orelhas, narizes etc. Os dedos não eram cortados por causa do trabalho.
Aprendemos também que foi criada a lei do ventre livre, após aquela data se alguma criança nascesse ela era livre. Tinha também uma lei que libertava os escravos com mais de 65 anos.
“Por fim o Rei se ausentou, a Princesa Isabel o substituiu e assinou a lei Áurea que libertou os escravos em 13 de maio de 1888”.

Faça um comentário sobre as figuras acima:

Revolução Francesa

Textos sobre a Revolução Francesa.
Foram escaneados do livro: Moura G.,Falcon F. A Formação do Mundo Moderno. Ed campus 1985.

Abraços,
Professor Gabriel

EXERCÍCIOS

 1 . “Quando, na madrugada de 15 de novembro de 1889, uma revolta militar depôs Pedro II, ninguém veio em socorro do velho e doente imperador. A espada de Marechal Deodoro da Fonseca abria as portas da republica para que por ela passassem os republicanos carregando um novo rei: o café de São Paulo.”( Adaptado de MATTOS, I. R. Historia do Brasil Império.)

 a)      De que maneira se explica o isolamento político de D. Pedro II?

 b)      Por que o texto afirma que, na republica recém proclamada, o café se tornava o “novo rei”?

 2. No Brasil, com o declínio da monarquia, explicitou-se a disputa entre os vários projetos de instauração da republica. O predominante na organização da republica foi o projeto:

 a)      Que tinha à frente profissionais liberais e pequenos artesões e que propunha um republica democrática que honrasse os princípios da Revolução Francesa.

b)      Gestado pelo PRP (Partido Republicano Paulista), que sustentava o modelo autogestionário, pautado na representação dos cidadãos, na esfera executiva, por meio de um presidente eleito pelo congresso.

c)      Dos militares positivistas, que acreditavam que a republica deveria ser, antes de tudo, uma forma de garantir a ordem social.

d)      Dos positivistas gaúchos, entre os quais o nome mais destacado era o de Julio Castilhos, para o qual a racionalização do aparato administrativo importava mais que as formas políticas de conduzir o Estado.

e)      Dos rebeldes baianos, reunidos em torno de Sabino Barroso, que pregava um republica que atendesse os reclamos da classe media urbana de Salvador.

EXERCÍCIOS

 

  1. O mercantilismo, conjunto de políticas adotadas na transição entre feudalismo e o capitalismo, tinha como princípios e praticas:

 

I. Exportar cada vez mais e importar cada vez menos, a fim de obter um balança de comercio favorável e reter metais preciosos.

II. Desenvolver o livre comércio colonial, independente da nacionalidade das embarcações, opondo-se a qualquer intervenção estatal na economia.

III. Estimular a exportação de metais preciosos e a importação de produtos manufaturados, a fim de intensificar a utilização de navios estrangeiros.

IV. Incentivar a produção nacional agrícola e manufatureira e desestimular as importações de mercadorias.

V. Adotar, dentro dos preceitos do pacto colonial, políticas que permitissem as colônias um bom desenvolvimento econômico, possibilitando a ruptura com suas metrópoles.

Está (ão) correta(s):

 a)      apenas I           b)      apenas I e IV     c)      apenas II e V

d)      apenas II e III        e)      apenas III, IV e V

 2. Explique a articulação entre a economia e a política no mercantilismo expressa na seguinte afirmação: “É impossível fazer a guerra sem homens, manter homens sem soldo, fornece-lhes o soldo sem tributos, arrecadar tributo sem comércio.”(MON TECHRÉTIEN, Antoine de. In: DEYON, Pierre. O mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1992. p.51.)

EXERCÍCIOS

Leia o texto a seguir, que fala do cotidiano da população em um pequeno povoado gaúcho, no século XIX, para responder as questões abaixo.

 “Numa das cruzes (do cemitério) havia um nome e uma pequena inscrição:

                                                           ANA TERRA

                                                      Descanse em paz

 Não havia datas. Esse era um característico das gentes daquele lugar: ninguém sabia , muito bem do tempo. Os únicos calendários que existiam no povoado eram o da casa dos Amarais e o do vigário, o padre Lara. Os outros moradores de Santa Fé continuavam a marcar a passagem do ano pelas fases da lua e pelas estações. E, quando queriam lembrar-se de um fato, raros mencionavam o ano ou o mês em que ele tinha passado, mas ligavam-no a um acontecimento marcante na vida a comunidade. Diziam, por exemplo, que tal coisa tinha acontecido antes ou depois da praga de gafanhotos, dum inverno especialmente rigoroso que fizera gelar a água das lagoas, ou então de uma peste qualquer que atacara o trigo ou as pessoas.”

VERISSIMO, Erico. Um certo capitão Rodrigo.

2. ed. São Paulo: Globo, 1987.

  1. Quais eram as formas utilizadas pela população de Santa Fé para marcar o tempo?
  2. Usando as informações dessa introdução, explique por que o vigário, padre Lara, usava calendário impresso.

EXERCÍCIOS

1. No mundo feudal, o contrato feudo-vassálico era o ato pelo qual suserano e vassalo estabeleciam obrigações um para com o outro. Indique quais eram essas obrigações e explique por que elas existiam.

 2. Uma das origens do serviço feudal no ocidente medieval se localiza na crise que afetou o Império Romano a partir do século III. Descreva essa crise e estabeleça sua relação com a servidão feudal.

 3. Escreva um pequeno texto explicando as diferenças entre sociedade escravista do império romano e a sociedade feudal vigente na Europa ocidental durante a Idade Media.

EXERCÍCIO

AS CIVILIZAÇÕES DA AMERICA ANTES DA CHEGADA DOS EUROPEUS

Este texto fala da importância da civilização inca na América do Sul. Mostra o que perdura hoje dessa civilização.

A civilização inca dominou a América do Sul até o século XVI

A civilização andina hoje identificada como “inca” du­rou cerca de quatrocentos anos e foi a maior e uma das mais avançadas da América pré-colombiana (anterior à chegada de Cristóvão Colombo, em 1492), dominando vários outros povos – com uma população estimada em pelo menos 12 milhões de pessoas – espalhados numa extensão territorial de 4 800 km no sentido norte-sul, desde o rio Ancasmayo, na Colômbia, até o rio Maule, no Chile.

O termo “inca” significa “chefe” no idioma quíchua e era um título usado pelos dirigentes máximos do subgrupo de fala quíchua que se estabeleceu em Cuzco (Peru) no século XII, e no início do século XV empreendeu uma vasta guerra de con­quista encerrada poucos anos antes da chegada do explorador espanhol Francisco Pizarro (em 1532). Embora dotados de cul­tura elevada (impuseram ao império religião e organização políti­ca altamente elaboradas), os dominadores poucas contribuições deram à arquitetura e a costumes já praticados por civilizações suplantadas (de Tiahuanaco, Chavín, Nazca, Chimu e Paracas, entre outras).

Morras atuais

Mais de metade da população atual do Peru (cerca de 19 milhões de pessoas) descende dos “incas” e seus súditos, entre nativos ou mestiços. Remanescentes desse povo existem também no Equador, Bolívia e Chile, países cujo atual território era em parte ocupado pelo império “inca”.

Os principais centros populacionais dessa civilização eram Cuzco (a capital), Cajamarca, Arequipa, Huaraz, Hánaco, Tarma, Huancavelica, Ayacucho e Machu Picchu, localizadas no atual território do Peru, Quito (no Equador) e Tiahuanaco (na Bolí­via, às margens do lago Titicaca). No entanto, em várias cidades, como Cuzco, grande parte das construções foi demolida ou trans­formada após a ocupação espanhola. Nessa cidade, é comum ve­rem-se casas em estilo hispânico apoiando-se sobre muralhas. Da mesma forma, o templo do deus Inti (Sol, a divindade suprema) foi arrasado e sobre suas fundações assenta-se, há quatrocentos anos, a igreja de Santo Domingo.

Arquitetura sobrevive

Restam muitas ruínas – provavelmente muitas edificações pré-colombianas foram destruídas ou muito danificadas pelo vio­lento terremoto que assolou a região em 1650. Um dos maiores e mais conservados remanescentes da arquitetura “inca” é a for­taleza de Sacsahuamán, em Cuzco, com uma gigantesca e com­pleta muralha edificada com pedras enormes, algumas das quais com peso estimado em 300 toneladas. Outro sítio monumental é a já citada Machu Picchu (“pico velho”, em quíchua), construída em encostas quase inacessíveis dos Andes, nas proximidades de Cuzco. (…)

De modo geral, o material de construção empregado nas regiões montanhosas é a pedra, enquanto nas baixadas litorâneas usava-se o barro (adobe), ainda hoje empregado pela população de baixa renda em construções de estilo provavelmente análogo ao das moradias camponesas da época do inca Huaina Capac e de seus filhos Huascar e Atahualpa, no início do século XV.

(Folha de S. Paulo, 14/5/87)

Suplantada: sobrepujada, superada. Remanescente: restante; aquilo que sobeja ou resta.

QUESTÕES SOBRE O TEXTO

  1. Quantos anos durou, aproximadamente, a
    civilização inca?
  2. O que significa o termo inca?
  3. Quais eram os principais centros
    populacionais da civilização inca?
  4. Que percentagem da atual população do
    Peru descende dos incas e seus súditos?
  5. Em que outros países existem remanescentes
    desse povo?
  6. O que aconteceu em várias cidades dos
    incas após a ocupação espanhola?
  7. O que resta hoje da arquitetura inca?
  8. Qual o material de construção empregado
    pelos incas?

EXERCÍCIO

Conclusão feliz

Cr/f/cor com humor os costumes da época foi também uma importante característica do Romantismo, como podemos observar

no romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), do qual transcrevemos o último capítulo.

A comadre passou com a viúva e sua tia quase todo o tempo do nojo, e acompanhou-as à missa do sétimo dia. O Leo­nardo compareceu também nessa ocasião, e levou a família à casa depois de acabado o sacrifício.

Aquele aperto de mão que no dia do enterro de seu ma­rido Luisinha dera ao Leonardo não caíra no chão a D. Maria, assim como também lhe não escaparam muitos outros fatos con­secutivos a esse.

O caso é que não lhe parecia extravagante certa idéia que lhe andava na mente.

Muitas vezes, ao cair de Ave-Maria, quando a boa da velha se sentava a rezar na sua banquinha em um canto da sala, entre um Padre-Nosso e uma Ave-Maria do seu bendito rosário vinha-lhe à idéia casar de novo a fresca viuvinha, que corria o risco de ficar de um momento para outro desamparada num mundo em que maridos como José Manoel não são difíceis de aparecer, especialmente a uma viuvinha apatacada.

Ao mesmo tempo que lhe vinha esta idéia lembrava-se do Leonardo, que amara a sua sobrinha no tempo da criançada, e que era, apesar de extravagante, um bom moço, não de todo desarranjado, graças à benevolência do padrinho barbeiro.

Verdade é que se não sabiam bem as contas que seu pai havia feito a esse respeito; mas como era coisa que constava de verba testamentária, D. Maria nada via de mais fácil do que pro­por uma demanda, cujo resultado não seria duvidoso.

Havia porém no meio de tudo uma circunstância que lhe desconcertava os planos. O Leonardo era soldado. Ora, sol­dado, naquele tempo, era coisa de meter medo.

Quando D. Maria chegava a este ponto de suas medita­ções, abandonava-as, e continuava o seu rosário.

A comadre fazia quase exatamente os mesmos cálculos por sua parte, e também só esta única dificuldade se antolhava à realização de seus planos.

Enquanto estas duas pensavam, os outros dois obravam.

Luisinha e Leonardo haviam reatado o antigo namoro; e quem quiser ver coisa de andar depressa é ver namoro de viúva.

Na primeira ocasião Leonardo quis recorrer a uma nova declaração; Luisinha porém fez o processo sumário, aceitando a declaração de há tantos anos.

–   Ah! disse a comadre em tom malicioso, apenas apare­
ceu a Maria-Regalada, pelo que vejo isto por aqui vai bem…

–   Não se lembra, respondeu Maria-Regalada, daquele se­
gredo com que obtive o perdão do moço? Pois era isso!…

A Maria-Regalada tinha por muito tempo resistido aos desejos ardentes que nutria o major de que ela viesse definitiva­mente morar em sua companhia. Não atribuímos esta resistência senão a capricho, para não fazermos mau juízo de ninguém; o caso é que o major punha naquilo o maior empenho, teria lá suas razões.

O segredo que a Maria-Regalada dissera ao ouvido do major no dia em que fora, acompanhada por D. Maria e a coma­dre, pedir pelo Leonardo, foi a promessa de que, se fosse servida, cumpriria o gosto do major.

Está pois explicada a benevolência deste para com o Leo­nardo, que fora ao ponto de, não só disfarçar e obter perdão de todas as suas faltas, como de alcançar-lhe aquele rápido acesso de posto.

Fica também explicada a presença do major em casa da Maria-Regalada.

Depois disto entraram todos em conferência. O major desta vez achou o pedido muito justo, em conseqüência do fim que se tinha em vista. Com a sua influência tudo alcançou; e em uma semana entregou ao Leonardo dois papéis: – um era a sua baixa de tropa de linha; outro, sua nomeação de Sargento de Milícias.

Sem que os vissem, viam-se os dois muitas vezes, e dis­punham seus negócios.

Infelizmente ocorria-lhes a mesma dificuldade: um sar­gento de linha não podia casar. Havia talvez um meio muito sim­ples de tudo remediar. Antes de tudo, porém, os dois amavam-se sinceramente; e a idéia de uma união ilegítima lhes repugnava.

O amor os inspirava bem.

Esse meio de que falamos, essa caricatura da família, en­tão muito em moda, é seguramente uma das causas que produziu o triste estado moral da nossa sociedade.

Só essa dificuldade demorava os dois. Entretanto o Leo­nardo achou um dia o salvatério, e veio comunicar a Luisinha o meio que tudo remediava: podia ficar ele sendo soldado e casar, dando baixa na tropa de linha, e passando-se no mesmo posto para as Milícias.

A dificuldade, porém, estava ainda em arranjar-se essa baixa e essa passagem: Luisinha encarregou-se de vencer esse em­baraço.

Um dia em que estava sua tia a rezar no seu rosário, justamente num daqueles intervalos de Padre-Nosso a Ave-Ma­ria de que acima falamos, Luisinha chegou a ela, e comunicou; lhe com confiança tudo que havia, fazendo preceder sua narração da seguinte declaração, que cortava a questão pela raiz:

– Para lhe obedecer e fazer-lhe o gosto casei-me uma vez, e não fui feliz; quero ver agora se acerto melhor, fazendo por mim mesma nova escolha.

Em breve, porém, conheceu que fora inútil sua precau­ção, porque D. Maria confessou que de há muito ruminava aque­le mesmo plano.

Combinaram-se pois as duas.

A bondade do major inspirava-lhes muita confiança e lem­braram-se por isso de recorrer a ele de novo.

Foram ter com Maria-Regalada, que mesmo na véspera lhes tinha mandado dar parte que se mudara da Prainha, e ofere­cia-lhes sua nova morada.

A comadre, de tudo inteirada, fez parte da comissão.

Quando entraram em casa de Maria-Regalada, a primei­ra pessoa que lhes apareceu foi o major Vidigal, e, o que é mais, o major Vidigal, em hábitos menores, de rodaque e tamancos

Além disto recebeu o Leonardo ao mesmo tempo carta de seu pai, na qual o chamava para fazer-lhe entrega do que lhe deixara seu padrinho, que se achava religiosamente intacto.

Passado o tempo indispensável do luto, o Leonardo, em uniforme de Sargento de Milícias, recebeu-se na Sé com Luisinha, assistindo à cerimônia a família em peso.

Daqui em diante aparece o reverso da medalha. Seguiu-se a morte de D. Maria, a do Leonardo-Pataca, e uma enfiada de acontecimentos tristes que pouparemos aos leitores, fazendo aqui ponto final.

(Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um sargento de milícias. 14. ecl., São Paulo, Àtica, 1986, p. 133-5)

QUESTÕES SOBRE O TEXTO

1.    Que  plano faziam D. Maria e a comadre  para a viuvinha Luisinha e o que atrapalhava esse plano?

2-O que fizeram Luisinha e Leonardo?

3 -Que solução encontraram para o caso?

4 -Cite alguns costumes da época mencionados
pelo autor.

Exercício

PRE-HISTORIA DO BRASIL

Novas datas

Descobertas feitas em sítios arqueológicos de São Raimundo Nonato, no Piauí, mostram que a América foi habitada por seres humanos bem antes do que se pensava.

As descobertas dos sítios arqueológicos de São Raimundo Nonato, no Piauí, contestam a origem e a data da presença do homem na América, No Parque Nacional da Serra da Capivara encontraram-se vestígios de que o homem habitava a região há pelo menos 50 mil anos. As descobertas colocam em dúvida os pressupostos, até há pouco aceitos internacionalmente, de que o homem tenha chegado à América pelo Estreito de Behring, e contestam a hipótese de presença humana no Continente há ape­nas 12 mil anos.

As pesquisas começaram em 1973, três anos depois de, já estabelecida na França como professora da Escola de Altos Es­tudos em Ciências Sociais, vir ao Brasil para examinar sítios ar­queológicos dos quais me haviam sido mostradas fotos, em 1963, pelo então prefeito de São Raimundo Nonato, Gaspar Ferreira. Em Paris, com as fotos das pinturas rupestres da região, conse­guimos que o Centro Nacional de Pesquisa Científica, do gover­no francês, financiasse um projeto de exploração científica da área.

A primeira expedição foi organizada em 1973, com a colaboração de especialistas do Museu Paulista da Universidade de São Paulo. Em três meses foi possível levantar 55 abrigos na­turais. Visitas sucessivas se realizaram até 1978, quando foi criada a Missão Arqueológica Franco-Brasileira do Piauí, com oito es­pecialistas franceses e 14 brasileiros, de áreas diversas. A missão, financiada em parte pelo Ministério de Relações Exteriores da França e pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e, pela parte do Brasil, pela Fundação Ford do Brasil, pelo CNPq e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tornou-se interdisciplinar e conta, atualmente, com 32 especialistas.

Logo após, em 1979, conseguimos que fosse criado o Parque Nacional da Serra da Capivara, o único da caatinga do Pás, através de convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com o tempo, o volume de trabalho e número de membros da equipe crescendo, criamos a Fundação Museu do Homem Americano, que hoje nos ampara nas pesquisas, junto com a Terra Nova, 

uma instituição italiana de desenvolvimento. Mas estamos bus­cando o auxílio de outras instituições para prosseguirmos com as pesquisas.

Comprovada a presença do homem no Piauí há 50 mil anos, o que ainda não se sabe, mas será estudado, é se as popula­ções pré-históricas de São Raimundo Nonato chegaram ao conti­nente sul-americano pelo mar, ou se vieram do norte, passando pela América Central. Que os homens pré-históricos foram capa­zes de navegar não é novidade, pois foi com uso de embarcações que chegaram à Austrália há 70 mil anos.

Desde o início das pesquisas temos sido contestados por céticos, para os quais a teoria da chegada do homem à América pelo Estreito de Behring não admite dúvidas. Por outro lado, recebemos o apoio de um grupo de arqueólogos que defendem a revisão da teoria de Behring e entendem que o homem chegou à América muito antes do que se pensa – numa clara aceitação das conclusões das nossas datações, que fornecem resultados mais antigos que aqueles obtidos na América do Norte.

Hoje, graças ao trabalho desenvolvido em São Raimundo Nonato, a maioria dos americanistas já não duvida de que o ho­mem tenha chegado à América do Sul há, pelo menos, cerca de 70 mil anos.

(Niède Guidon. Jornal da Tarde, 11/12/93)

  1. Por que as descobertas feitas em São
    Raimundo Nonato são importantes?
  2. Quando tiveram início e como se
    desenvolveram as pesquisas no Piauí?
  3. O que ainda não se sabe sobre a chegada
    das populações pré-históricas ao continente
    sul-americano?

Exercício

COMO SE CONTA O TEMPO

Neste texto o autor explica o que é um calendário e mostra a origem das principais medidas de tempo.

O calendário

O que é um calendário? É o conjunto de regras usadas por um povo para dividir o tempo em períodos mais ou menos longos. E se chama assim porque as calmdascnm, para os roma­nos, o primeiro dia do mês.

Todos os povos da Terra, antigos e modernos, percebe­ram que a medida mais simples do tempo era o dia. (…)

Os povos pastores, observando a Lua durante as longas noites passadas a céu aberto, perceberam que esta mudava conti­nuamente, ora minguando, ora crescendo, de tal forma que só após 28 dias retornava à forma primitiva: e chamaram mêsi du­ração deste fenômeno. Este período podia ser dividido em qua­tro fases (lua cheia, lua minguante, lua nova e lua crescente): cada fase durava cerca de sete dias. E eis a semana.

Os povos agricultores passaram a observar, em vez da Lua, o Sol, que iluminava e aquecia os seus campos. E viram que o Sol tornava a surgir e a se esconder em dado ponto do horizonte depois de 365 dias. Chamaram a este período de ano, dividiram-no em quatro estações de igual duração, relacionan­do cada estação com determinados trabalhos no campo.

Não foi fácil para os povos da Antigüidade fazer concor­dar o calendário solar com o lunar; os doze meses lunares, juntos, não davam más que 336 dias. Alongaram os meses de dois ou três dias cada um para chegar aos 365 dias; foi assim que esses passaram a não corresponder mais ao ciclo lunar.

O calendário que hoje utilizamos surgiu no tempo de Júlio César (101-44 a.C.) e teve uma pequena correção no tem­po do papa Gregório XIII, no ano de 1582. Por esse motivo, o nosso calendário denomina-se gregoriano.

(Traduzido e adaptado de: D’ERIL, F. M. II mondo di ieri. v. 1. Milão, Antônio Valhardi Editore, s/d, f. 16)

QUESTÕES SOBRE O TEXTO

  1. O que é um calendário?
  2. Qual a origem do nome calendário?
  3. Qual era a medida mais simples do tempo?
  4. Quem estabeleceu as medidas de tempo
    denominadas mês e semana? Em que se
    basearam para estabelecer essas medidas?
  5. O que fizeram os povos da Antigüidade
    para fazer concordar o calendário solar com
    o calendário lunar?
  6. Quem estabeleceu a medida de tempo
    denominada ano? Em que se basearam para
    estabelecer tal medida?
  7. Quando surgiu o calendário que hoje
    utilizamos?
  8. Por que o nosso calendário denomina-se
    gregoriano?